domingo, 30 de novembro de 2014

Uma Visão Pré-Cristã sobre o Inferno / A Pre-Christian View of Hell








Platão (c. 427-347 a.C.) mantinha-se fiel à doutrina do castigo eterno:

Essas advertências foram feitas àqueles que foram culpados dos crimes mais terríveis e cujos delitos estão além da cura, e eles não são mais capazes de recebê-la e de se beneficiar dela, porque são incuráveis. Mas serão beneficiados aqueles que observarem o sofrimento que os culpados enfrentarão por toda a eternidade com as maiores e mais dolorosas e terríveis torturas por causa dos seus delitos, os quais são mantidos como exemplo na prisão do Hades, como um espetáculo e uma advertência a quaisquer malfeitores que, de tempos em tempos, são candidatos à mesma condenação (G, 525c, ênfase acrescentada).


Crença Judaica Intertestamentária sobre o Inferno

Na era entre o Antigo e o Novo Testamento10, fontes religiosas judaicas faziam referência ao inferno . O autor de 4 Macabeus disse:
Por causa do cruel assassinato que cometestes irás sofrer eternamente nas mãos da ustiça divina um adequado castigo pelo fogo [...] Por tua impiedade e crueldade irás suportar tormentos até o fim [...] [em um] destino eterno. A justiça divina te entrega a um fogo eterno e rápido, e aos tormentos que não te abandonarão por toda eternidade. Uma grande luta e um grande perigo para a alma aguardam em eterno tormento aqueles que transgridem os mandamentos de Deus (9.9; 10.11,15; 12.12; 13.15).

Palavras de Flávio Josefo sobre o Inferno

Semelhantes às afirmações feitas por Cristo12, o historiador judeu Josefo (c. 37-100), escreveu um “Discurso aos Gregos a Respeito do Hades”.
Hades é um lugar do mundo que não foi regularmente terminado; é uma região subterrânea onde a luz desse mundo não brilha; por causa dessas circunstâncias, pois nesse lugar a luz não brilha, não se pode lá estar a não ser em perpétua escuridão. Essa região foi destinada para dar custódia às almas, das quais os anjos foram nomeados guardiões, e a elas eles distribuem castigos temporários, apropriados às suas maneiras e ao seu comportamento.
Nessa região, existe um certo lugar separado, como se fosse um lago de fogo perpétuo, onde supomos que ninguém tenha sido lançado até agora, mas que está preparado para um dia pré-determinado por Deus no qual um j usto castigo será aplicado merecidamente a todos os homens [...] [Eles receberão] esse castigo eterno por terem dado causa à corrupção, enquanto os justos irão receber um reino incorruptível e eterno. Eles estarão então confinados no Hades, mas não no mesmo lugar onde os injustos estarão confinados [...] [Deus permite] um castigo eterno aos amantes de palavras iníquas. A eles pertence esse fogo perpétuo e sem fim, um certo bicho ardente que nunca morre e nem destrói o corpo, mas que continua a emergir desse corpo para que ele nunca cesse de lamentar.

 (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. vol 2. p, 753-768).

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