domingo, 23 de outubro de 2016

Paulo proibiu a prática de exercício físico com base em (1Tm 4:8)?





Não é surpresa saber que existem pessoas que ao lerem esse texto de imediato entenderam que o apóstolo Paulo não apoiava o exercício corporal. No entanto, a nossa resposta é Não!. Paulo em nenhum momento fez qualquer tipo de oposição ao exercício físico ou a quem o pratica, ele apenas enfatizou que é secundário em relação à piedade. Pois a Timóteo disse pouco proveito e não nenhum proveito. Palavras que estão ligadas a quem pratica alguma atividade física como atleta, prêmio ou coroa serviram a Paulo de analogia à nossa carreira cristã (1Co 9:24-25; Fp 3:14; 2Tm 2:5).

Assim, não se prive de exercitar-se, pois quem não pratica atividades físicas é sedentário, e um forte candidato a ter problemas de saúde como hipertensão, diabetes, obesidade e outros que causam ataques cardíacos que em muitas vezes levam a pessoa à morte. Ademais, o nosso corpo é Templo e morada de Deus. É preciso não apenas o homem cuidar do seu lado espiritual, mas também do físico.
"Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma" (3Jo 2 ).
"Porque ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja,..." (Ef 5:29).

                                                                                                          Itard Víctor Camboim De Lima.

sábado, 15 de outubro de 2016

O missionário John Wesley "pergunta aos obreiros atuais".




"Em 1756, Wesley apresentou [An Adress to the Clergy” [Discurso ao clero], texto que os futuros pastores de nosso tempo deveriam ler como parte de seu treinamento. Ao discutir o tipo de habilidades que um pastor deveria ter, Wesley distinguiu entre “dons naturais” e “habilidades adquiridas”. É extremamente instrutivo ponderar as habilidades que Wesley considerava que um ministro deveria adquirir:

(1) Como alguém que se esforça para explicar a Escritura a outras pessoas, tenho o conhecimento necessário para que ela possa ser luz nos caminhos dessas pessoas? [...] Estou familiarizado com as várias partes da Escritura; com todas as partes do Antigo Testamento e do Novo Testamento? Ao ouvir qualquer texto, conheço o seu contexto e os seus paralelos? [...] Conheço a construção gramatical dos quatro evangelhos, de Atos, das epístolas; tenho domínio sobre o sentido espiritual (bem como o literal) do que eu leio? [...] Conheço as objeções que judeus, deístas, papistas, socinianos e todos os outros sectários fazem às passagens da Escritura, ou a partir delas [...] ? Estou preparado para oferecer respostas satisfatórias a cada uma dessas objeções?

(2) Conheço grego e hebraico? De outra forma, como poderei (como faz todo ministro) não somente explicar os livros que estão escritos nessas línguas, mas também defendê-los contra todos os oponentes? Estou à mercê de cada pessoa que conhece, ou pelo menos pretende conhecer, o original? [...] Entendo a linguagem do Novo Testamento? Tenho domínio sobre ela? Se não, quantos anos gastei na escola? Quantos na universidade? E o que fiz durante esses anos todos? Não deveria ficar coberto de vergonha?

(3) Conheço meu próprio ofício? Tenho considerado profundamente diante de Deus o meu próprio caráter? O que significa ser um embaixador de Cristo, um enviado do Rei dos céus?

(4) Conheço o suficiente da história profana de modo a confirmar e ilustrar a sagrada? Estou familiarizado com os costumes antigos dos judeus e de outras nações mencionadas na Escritura? [...] Sou suficientemente (se não mais) versado em geografia, de modo a conhecer a situa­ção e dar alguma explicação de todos os lugares consideráveis mencionados nela?

(5) Conheço suficientemente as ciências? Fui capaz de penetrar em sua lógica? Se não, provavelmente não irei muito longe, a não ser tropeçar em seu umbral [...]. Ou, ao contrário, minha estúpida indolência e preguiça me fizeram crer naquilo que tolos e cavalheiros simplórios afirmam: “que a lógica não serve para nada?” Ela é boa pelo menos [...] para fazer as pessoas falarem menos — ao lhes mostrar qual é, e qual não é, o ponto de uma discussão; e quão extremamente difícil é provar qualquer coisa. Conheço metafísica; se não conheço a profundidade dos eruditos — as sutilezas de Duns Scotus ou de Tomás de Aquino — pelo menos sei os primeiros rudimentos, os princípios gerais dessa útil ciência? Fui capaz de conhecer o suficiente dela, de modo que isso clareie minha própria apreensão e classifique minhas ideias em categorias apropriadas; de modo que isso me capacite a ler, com fluência e prazer, além de proveito, as obras do Dr. Henry Moore, a “Search After Truth” [A busca da verdade] de Malebranche, e a “Demonstration of the Being and Attributes of God” [Demonstração do ser e dos atributos de Deus] de Dr. Clark? Compreendo a filosofia natural? Compreendo Gravesande, Keill, os Principia de Isaac Newton, com sua “teoria da luz e das cores”?  Além disso, tenho alguma bagagem de conhecimento matemático? [...] Se não avancei assim, se ainda sou um noviço, que é que eu tenho feito desde os tempos em que saí da escola?

(6) Estou familiarizado com os Pais; pelo menos com aqueles veneráveis homens que viveram nos primeiros tempos da igreja? Li e reli os restos dourados de Clemente Romano, de Inácio e Policarpo, e dei uma lida, pelo menos, nos trabalhos de Justino Mártir, Tertuliano, Orígenes, Clemente de Alexandria e de Cipriano?

(7) Tenho conhecimento adequado do mundo? Tenho estudado as pessoas (bem como os livros), e observado seus temperamentos, máximas e costumes? [...] Esforço-me para não ser rude ou mal educado: [...] sou [...] afável e cortês para com todas as pessoas?

Se sou deficiente mesmo nas capacidades mais básicas, não deveria me arrepender frequentemente dessa falta? Quão frequentemente [...] tenho sido menos útil do que eu poderia ter sido!

       É notável essa perspectiva de Wesley de como deve ser o pastor: um cavalheiro, hábil nas Escrituras e conhecedor da história, da filosofia e da ciência de seu tempo. Quantos pastores graduados em nossos seminários se enquadrariam nesse modelo? O historiador eclesiástico e teólogo David Wells chamou nossa geração atual de pastores de “os novos obstáculos”, porque abandonaram o papel tradicional do pastor como um proclamador da verdade para a sua congregação, e substituíram-no por um novo modelo gerencial que enfatiza as habilidades de liderança, marketing e administração. Como resultado, a igreja tem produzido uma geração de cristãos para os quais a teologia é irrelevante e cujas vidas fora da igreja praticamente não difere em nada da dos ateus. Esses novos pastores gerentes, queixa-se Wells, “têm maltratado e despreparado a igreja; eles têm deixado a igreja cada vez mais vulnerável a todas as seduções da modernidade, exatamente porque não ofereceram a alternativa, que é uma vida centrada em Deus e sua verdade”. Precisamos recuperar o modelo tradicional de homens como Wesley."


FONTE:http://www.reasonablefaith.org/portuguese/estagnacaeo-intelectual

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

ÉTICA CRISTÃ (Revelação)



                                                         



Quando o cristão recebe alguma revelação da parte de Deus que esteja ligada à intimidade de alguém, ele deve levar isso a público ou à pessoa revelada? O que a Bíblia diz?

Resposta: A Bíblia nos dá pelo menos dois exemplos de pessoas que, através do poder e autoridade divina, trouxeram à tona a vida íntima de algumas pessoas. Contudo,  as únicas pessoas que tinham conhecimento do fato ou da revelação nesse contexto era o emissor e o receptor.

Exemplo: Natã (emissor) quando foi a Davi (receptor) e revelou-lhe a situação ilícita entre ele e Bate-Seba, não levou ninguém com ele. (2Sm 12: 1-7). O Senhor Jesus, também estava a sós com a mulher samaritana quando revelou quantos maridos ela tinha tido, e que o atual não era dela, pois os discípulos tinham ido à cidade comprar alimento. (Jo 4: 8).

É interessante salientar que Deus é quem revela o oculto ao profeta, mas é o profeta através do seu livre-arbítrio quem se responsabiliza pela forma que decide entregar a revelação.  Por exemplo, se o profeta decidir revelar para outras pessoas o que Deus revelou-lhe sobre a vida pessoal de alguém, sem que tenha recebido autoridade divina, Deus não se responsabilizará se porventura a pessoa se sentir constrangida e vier a processar o profeta por danos morais, pois tal “revelação divina” será um crime contra à honra da pessoa ofendida, conforme consta  nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal. As autoridades são constituídas por Deus:

 “Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal.”  (Rom 13:3 ARA)


Logo, aquilo o que Deus revelou sobre X ou Y só deve ser trazido a público se Ele autorizar, pois se tal revelação for apenas para X ou Y é preciso obedecer. Entretanto, se Deus autorizar é preciso ter a coragem de João Batista a ponto de ser decapitado e assim cumprir a vontade de Deus como um genuíno profeta (Mc 6:17- 28). 

            E, se você é uma pessoa que não mede esforços em compartilhar com as pessoas tudo o que sabe sobre a vida dos outros, é bom pedir a Deus sabedoria, pois, quem comigo não ajunta espalha. (Lc 11:23 ARA)

“O mexeriqueiro não sabe guardar segredos; evita as pessoas que falam de mais.” (Pv 20:19 SBP)

“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos.” (Pv 16:28 ARA)


                                                                                          Itard Víctor Camboim de Lima