terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Um Alerta À Igreja Brasileira




O Brasil é sem sombra de dúvidas o país mais cristão do mundo. Quando dizemos - mais cristão - nos referimos ao país onde a maioria das pessoas acreditam que Cristo Jesus foi o Cordeiro que Deus enviou para morrer por todos os pecadores. Porém, entre os chamados cristãos há uma diversidade de denominações que possuem um modo distinto de enxergar o Filho de Deus. Vejamos alguns dados sobre a situação religiosa do Brasil. 




Segundo o que vem sendo divulgado há alguns anos, dentro de 10 ou 20 anos a Igreja Católica poderá não ser mais maioria no Brasil, visto que os não católicos cresceram de forma acelerada nesses últimos anos. 



Entretanto, e é aqui onde começa o nosso alerta para um Evangelismo Total, os chamados evangélicos, que no quadro anterior somaram 42. 275. 440 pessoas, segundo o censo do IBGE de 2010, na realidade não são todos evangélicos, mas também grupos heterodoxos, pois para o IBGE quem não é católico, mas "cristão", leva o nome de evangélico, quando na verdade poderiam ser chamados de pseudoevangélicos ou pelos seus respectivos nomes, uma vez que não aderem às crenças evangélicas ortodoxas da Bíblia que foram expandidas por toda a história do Cristianismo. Isto é, são grupos que distorcem as doutrinas ortodoxas de Cristo, de Deus, do Espírito Santo, ou melhor dizendo, da Trindade, do Inferno, do Homem, e muitas outras. E dentre esses, queremos dá destaque a três grupos que são considerados como os que mais "evangelizam" os evangélicos, como também mostrarmos como eles veem a Pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 

A Igreja Adventista do Sétimo Dia, que ultimamente tem crescido de forma considerável, acredita e ensina que o Mediador entre Deus e os homens, o Criador de todas as coisas e o Salvador do mundo não é Jesus, mas o arcanjo Miguel, uma vez que na visão adventista esse arcanjo e Jesus são a mesma pessoa. Com base na visão adventista é possível dizer que ao invés de um Cordeiro Pascal, um anjo é quem foi enviado para morrer pelos pecadores. Além disso, os adventistas negam, a existência do inferno, negam o sofrimento eterno para os ímpios no Lago de Fogo, acreditam que a guarda do sábado importa  salvação e que o diabo simbolizava o bode que o sumo sacerdote colocava as mãos e orava para depois enviá-lo ao deserto (Lv 16), o que faz com que o diabo seja co-redentor; o que contraria o ensino bíblico de que os dois bodes sem manchas usados para fazer a expiação do pecado de todo o povo hebreu, era  uma pré-figuração do sacrifício de Jesus pela humanidade. Logo, para o Adventismo, quem morreu pelos pecadores, ainda que não queiram assumir isso, foi o diabo e "arcanjo jesus".

As Testemunhas de Jeová, ou Sociedade Torre de Vigia, também acreditam que Jesus e o arcanjo Miguel são as mesmas pessoas, e, por isso, na visão jeovista Jesus não é digno de adoração, já que Ele não é tido como Deus ou Jeová. Elas também negam a existência do inferno e o sofrimento eterno para os ímpios no Lago de Fogo. E com convicção defendem que apenas 144.000 pessoas serão salvas por Deus.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja Mórmon, também não acredita que Cristo é Deus, por outro lado, acreditam que Ele é irmão do diabo. Ensina que Deus foi um dia como nós e se relacionou com algumas mulheres, por isso já defenderam a poligamia como outras crenças estranhas à Bíblia.

Ou seja, embora seja coerente a alegria que Igreja Evangélica no Brasil vem sentindo por ver que a Igreja Romana vem perdendo seus devotos, precisa, todavia, manter essa alegria com moderação, pois na verdade muitos desses católicos, como também, evangélicos, estão passando a se congregar nos grupos ou nas denominações supracitadas, o que é de extrema preocupação para àqueles que amam Missões. 

Infelizmente, boa parte dos líderes e liderados que fazem parte das Igrejas Evangélicas, aparentam  não se preocupar com o crescimento desses grupos, pois quase nada fazem para impedi-lo. Quase não temos igrejas mantendo missionários que doam sua vida para esse Evangelismo Bíblico. A Igreja Evangélica no Brasil precisa olhar esses grupos como olha para a Igreja Católica, já que eles também não levam as pessoas a Deus. Não é porque alguém fala em Deus que ele não precisa ser evangelizada:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (Mat 7:21)

“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. (Rm 10:1-2) 

Jesus ordena que os que são seus saiam por todo o mundo e preguem o Evangelho genuíno a toda criatura sem exceção (Mc 16:15), não apenas aos católicos, aos muçulmanos ou a outros religiosos que de cara se percebe que não vivem as Boas Novas.

Jesus nos pede que levantemos os olhos e percebamos o Campo Missionário que está a um palmo dos nossos narizes (Jo 4:35). É preciso tirarmos dos olhos as escamas que nos impede de enxergar esses grupos como Campos Missionários, pois é assim que eles enxergam o povo de Deus. Eles tem convicção que nós evangélicos precisamos da salvação que eles oferecem, por isso saem pelas escolas, praças, internet e Tv aberta em busca de nos “salvar”. E o que é mais triste e preocupante, partes desses grupos são compostas por ex-evangélicos, e por isso também cresce o número dos seus adeptos. 

            “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.”  (Os 4:6)

Não seria nem necessário que um artigo como esse fosse escrito se porventura tivéssemos sido ensinados pelos nossos líderes a  pregarmos o Evangelho literalmente a todos os perdidos. 

Há uma extrema necessidade de mudarmos o modo de como fazemos missões. Qualquer crente que quiser ter certeza se realmente o que estamos aqui alertando tem alguma coerência, basta fazer um levantamento de quantos ex- Testemunhas de Jeová, Adventistas, Mórmons, Budistas, Espíritas, membros da Congregação Cristã do Brasil, por exemplo, existem na sua Igreja, e certamente poderá ver a quase inexistência dos também chamados [quase esquecidos pela Igreja]. 

Façamos uma reflexão sobre se verdadeiramente amamos todas as almas sem Deus, e se é com o coração que dizemos que o Senhor pode contar conosco para levarmos a preciosa semente andando e chorando até aos confins da terra, conforme nos ordenou Aquele que não tem prazer na morte do ímpio (Sl 126: 6; Ez 18:23;At 1:8).
   
Se após essa reflexão entendermos que há milhares de pessoas indo para onde Deus não queria que elas fossem, não percamos mais tempo, passemos a colocar em prática o que Cristo fez sem exceção, isto é, mostrar o seu Amor a toda criatura (Jo 3:16). Se verdadeiramente somos ovelhas do Sumo Pastor, sigamos os Seus passos, ouçamos a Sua Voz e levemos as Boas Novas a toda criatura.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (Jo 10:27)
                                                         
 

"Ao nos aproximarmos de adeptos de grupos hereges, encontraremos amor, honestidade, seriedade e boas ações entre eles. Olhando por esse ângulo, essa é a parte mais dolorida para nós. Pensar que pessoas com refinamento, cultura e moralidade, como essas estão fadadas ao sofrimento eterno nos leva a desejar sua salvação, como o apóstolo Paulo desejou diante dos filósofos atenienses ou dos judeus enfurecidos. Não eram ímpios vivendo contra Deus. Eram pessoas boas pensando ter Deus." [2]

"As Seitas são as contas não pagas da Igreja." [3]




                                                                                                                   
                                                                                                                  

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1- Disponível em:<http://noticias.ne10.uol.com.br/politica/noticia/2015/03/25/poder-e-religiao-se-confundem-na-politica-e-causam-debates-polemicos-538808.php>. Acesso em 14/02/2017.
2- SOUZA,Eguinaldo Hélio de. Uma Seara [quase] Esquecida. 2015. P. 28. Betel Brasileiro Publicações.
3- GEISLER, Norman & RHODES, Ron. Respostas Às Seitas. P. 18. 2ª edição. 2001. CPAD. 

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